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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Diário de Bordo


No dia 17 de novembro de 2011, junto ao professor de Geografia e Climatologia do CEFET MG Campus Curvelo Clayton Angelo Silva Costa, a turma do 2° ano de Meio Ambiente foi realizar uma visita técnica ao INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) localizado na cidade de Belo Horizonte no bairro Santo Agostinho.
A princípio, os alunos assistiram a uma palestra realizada por Fabiane Lins, uma dos membros da instituição. Ela falou sobre a origem, localização e função do INMET. Falou também como são realizadas as coletas de dados através das diferentes estações de coletas dos mesmos, entre outros.
Logo em seguida os alunos foram para a parte superior da instituição para conferir alguns instrumentos meteorológicos que lá se encontram, como por exemplo, o pluviômetro e termômetro de solo (estação convencional). Após esse momento os alunos tomaram o ônibus e regressaram para Curvelo.
A visita técnica foi muito interessante. Todos gostaram inclusive os alunos Alfred, André, Island e Roberto que disseram que a visita técnica foi um meio de engrandecer suas formações técnicas.

Localização


O INMET está localizado na Avenida do Contorno, 8159 - Bairro Santo Agostinho, na cidade de Belo Horizonte-MG. 

Brasil - Estações

Estações Meteorológicas Radiossondas


A Estação de observação Radiossonda, é um conjunto de instrumentos cujo objetivo é medir e disseminar os dados da temperatura do ar, pressão atmosférica e também a umidade relativa do ar. Tudo isso através de uma sonda que é acoplada a um balão de gás hélio e que pode chegar a tingir altitudes de até 30 km.
O caminho pela qual a sonda percorre, é monitorado por uma antena GPS, capaz de registrar a direção e velocidade dos ventos que incidem na sonda. Os dados são captados de minuto a minuto, e posteriormente enviados à estação receptora em terra, que os modificam, transformando-os em uma mensagem codificada (código TEMP). Após os dados serem codificados, eles são encaminhados para o Centro Coletor onde irá acontecer a distribuição global. 


Utilização de Dados de Radiossondagem
Os dados resultantes desta forma de observação são de extrema importância:
  • Inicialização de modelos numéricos de previsão do tempo;
  • Previsão local/regional a partir da determinação da estabilidade da atmosfera e distribuição do conteúdo em vapor de água;
  • Estudos de poluição atmosférica através da determinação da estabilidade da atmosfera e altura da camada de mistura;
  • Previsão dos efeitos da refracção atmosférica na propagação de radiação electromagnética ou de ondas sonoras;
  • Segurança e economia das operações de navegação aérea;
  • Precisão e alcance balístico das operações de artilharia por intermédio da densidade do ar calculada para uma dada pressão;
  • Estudos do clima em altitude, sua variabilidade e eventuais alterações, utilizando registos de longa duração.
Constituição Geral de uma Radiossonda
  • Sensores elétricos e conversores eletrónicos;
  • Bateria para alimentação elétrica “amiga do ambiente”;
  • Emissor rádio;
  • Sensores da pressão atmosférica Digital ou cápsulas aneroides capacitivas com transdutor eletrónico;
  • Sensores da temperatura do ar;
  • Sensores capacitivos ou termístores;
  • Sensor da humidade relativa do ar, películas capacitivas higroscópicas;
Vento, a tecnologia GPS é atualmente utilizada na determinação do vento horizontal em altitude (rumo e intensidade). Esta metodologia tem a vantagem de melhorar a precisão nos valores do vento para além de que o sistema GPS está disponível em todo o globo terrestre sem interrupções no tempo.

Um fato muito interessante, é o fato de que em muitas vezes a Radiossonda é lançada em aeroportos, ou se não lançadas neles, a estação meteorológica Radiossonda tem que comunicar o lançamento do aparelho, para que não haja riscos de acidentes no espaço aéreo.


Estação Meteorológica de Superfície Convencional

A estação meteorológica convencional é composta por vários sensores isolados que registram continuamente os parâmetros meteorológicos (pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar, direção e velocidade do vento, etc.). Esses dados são lidos e anotados por um observador três vezes ao dia e posteriormente são enviados a um centro coletor.
Uma estação convencional, apesar de parecer ultrapassado devido a existência das estações automáticas que são bem mais modernas, são bastante eficientes. Em lugares que não possuem estação automática, estações convencionais são de grande serventia para o local, pois sem elas não seria possível ter previsões precisas, o que prejudicaria vários setores dessa região, como a agricultura.



Na nossa visita técnica ao INMET, tivemos a oportunidade de conhecer uma estação convencional instalada no próprio INMET.


Estação Meteorológica de Superfície Automática
Uma estação meteorológica de superfície automática é composta por sensores automáticos, que monitoram dados climáticos a todo o tempo (de minuto em minuto) e enviam esses dados via satélite para a central coletora dos dados, que serão interpretados e codificados para depois serem enviados ao Centro Coletor.


As estações meteorológicas automáticas possibilitam a aferição e registro de dados climáticos e ambientais ao longo do tempo. Portanto, através delas, é possível obter uma série história, com registro de minutos em minutos, gerando relatórios horários ou até diários, das principais variáveis climáticas, a maioria delas de extrema relevância e de grande impacto na atividade humana. Tal série histórica permite às empresas conhecer o comportamento do clima ao longo dos anos e em função da sazonalidade, bem como possibilita o registro documental para futuros usos.


Os sensores são os responsáveis pela aferição das variáveis:

  • Temperatura e umidade do ar;
  • Velocidade e direção do vento;
  • Desvio padrão do vento;
  • Precipitação;
  • Radiação solar global, líquida e PAR;
  • Luminosidade;
  • Pressão barométrica,  molhamento foliar;
  • Umidade e temperatura de solos entre outros.


Sobre o INMET

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (INMET) é um órgão federal da administração direta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, criado em 1909 com a missão de prover informações meteorológicas através de monitoramento, análise e previsão do tempo e clima, concorrendo com processos de pesquisa aplicada para prover informações adequadas em situações diversas, como no caso de desastres naturais como inundações e secas extremas que afetam, limitam ou interferem nas atividades cotidianas da sociedade brasileira.
Como visto em experiência presencial no INMET-MG (Belo Horizonte) em excursão com a turma de Meio Ambiente - 2A do CEFET-MG Campus X – Curvelo, a função do Instituto nacional de Meteorologia não se restringe apenas as dadas funções propriamente destinadas ao órgão, mas sim em ajudar e fazer muito além do que deveria, para atender necessidades tanto da cidade, quanto estado e país. Pesquisando, informando ou prevenindo até mesmo tragédias, o INMET é de vasta importância para toda e qualquer sociedade, ainda mais se tratando do atual mundo que vivemos, onde as variações climáticas cada vez mais tendem a aumentar e catástrofes ambientais só veem aumentando também.
O INMET assim como outros órgãos não divulga totalmente todas as informações para leigos, alguns de seus dados são restritos ao livre acesso, outros podem ser comprados, e alguns nem mesmo dessa forma chegam as mãos de qualquer um. Esses cuidados são tomados para evitar o mau uso de informações, as possíveis manipulações ou que tenham desvio de informação de alguma forma.

As análises feitas pelo INMET são muito rigorosas e criteriosas. Elas são feitas por profissionais que entendem sobre o assunto profundamente, com formação profissional, demonstrando a magnitude e importância que essa instituição possui. Demonstrando isso, temos como exemplo o curso oferecido pelo INMET de nível internacional para saber avaliar e gerenciar corretamente informações e variações climáticas, dentre vários outros exemplos que comprovam a integralidade do mesmo.

Função dos instrumentos metereológicos


Os instrumentos meteorológicos desempenham uma importante função, eles nos possibilitam observar e prever os fenômenos naturais. Com isso podemos nos precaver contra esses fenômenos.
Os equipamentos utilizados para a coleta dos dados meteorológicos são:
·   Anemógrafo e Anemômetro: medem a velocidade do vento, a distância percorrida por ele, e a sua direção;
·   Barógrafo, Microbarógrafo e Barômetro: registram a pressão atmosférica;
·   Evaporímetro de Piche e Tanque Evaporimétrico: medem a evaporação;
·   Heliógrafo: registra a duração do brilho solar;
·   Piranógrafo e Piranômetro: medem a intensidade da radiação solar;
·   Higrógrafo e Psicrômetro: registram a umidade relativa do ar;
·   Pluviógrafo e Pluviômetro: medem a quantidade de precipitação da chuva;
·   Termógrafo, Termohigrógrafo e Termômetros de máxima e mínima: registram a temperatura do ar. Esse último se diferencia, pois registra não só a temperatura do ar, mas a temperatura máxima e mínima alcançada durante o dia;
·   Termômetro de solo: indica a temperatura do solo.

Esses aparelhos são encontrados em estações meteorológicas e juntos nos fornecem um leque de informações valiosas. 

Qual a relação existente entre os instrumentos meteorológicos e o dia-a-dia das pessoas?

No INMET há vários instrumentos que servem para saber dados do clima e do tempo. Mas afinal, qual é a relação deles com o nosso dia-a-dia? Essa é uma pergunta que muitos desejam saber a resposta. Esses instrumentos, como por exemplo o pluviômetro, barômetro, termômetro e higrógrafo são de fundamental importância para as pessoas. Eles podem informar certos fenômenos repentinos que podem ocorrer em determinado local. A cidade de Belo Horizonte e região é informada desses detalhes prevenindo a população de possíveis enchentes, tempestades, entre outros.
Agricultores ficam felizes de saber que o clima e o tempo é monitorado a todo tempo, uma vez que, caso haja uma possível seca na região onde está sua plantação, esses poderão fazer algo para que não sofram prejuízos grandiosos com sua safra ou rebanho.
Além disso, as medições pluviométricas podem ajudar a prever as possíveis secas, que muito das vezes chegam a provocar queimadas devastadoras. Assim, brigadas de incêndio poderão saber quais são as áreas mais críticas e ficar em alerta para um possível incêndio, podendo controlá-lo em seu inicio sem permitir que o fogo tome grandes proporções, minimizando os estragos e prejuízos.